Avenida Paulista tem ato pelo dia da Consciência Negra e contra o governo Bolsonaro

Manifestação deve durar toda a tarde e foi iniciada com atividades culturais

SÃO PAULO — Militantes do movimento negro em São Paulo realizam na tarde deste sábado — dia da Consciência Negra — um ato em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). Por volta das 13h, as quatro faixas em frente ao museu estavam ocupadas por manifestantes.

Iniciada às 12h, a manifestação terá uma programação longa: nas primeiras horas se dedicará a atividades culturais, como a reprodução de música de artistas negros em carros de som e o maracatu. A manifestação política deve começar por volta das 15h30. Espera-se que o ato desça a Rua da Consolação em direção ao centro da capital paulista.

Para Simone Nascimento, uma das organizadoras do ato, política e cultura são indissociáveis e, por esse motivo, a manifestação bebe das duas fontes.

— Há 18 anos aqui nessa marcha nós construímos um mote que tem a ver com nossa luta naquele momento. Neste ano é “fora Bolsonaro racista”. A cada dia com este governo federal significa mais morte do nosso povo, de Covid-19, de fome, de desemprego — afirma.

Douglas Belchior, porta-voz da Coalizão Negra por Direitos, afirmou que o ato de hoje difere do de anos anteriores pois, atualmente, “há maior entendimento de que o Brasil não é um país aberto para a diversidade racial”.

— Pessoas sofrem racismo diariamente e ter essa percepção é importante. Não há como negar o quanto o Brasil é racista — afirma.

Sobre as pautas anti-Bolsonaro presentes no ato, Belchior afirma que a oposição ao presidente é um dos aspectos que convergem com o que movimento negro defende. Mas que o foco da manifestação de hoje é, em primeiro lugar, o dia da Consciência Negra.

O ato foi organizado pela Coalizão Negra por Direitos e pelo movimento de articulação Convergência Negra.

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