Argentina entregou nesta quinta-feira (18) o pedido oficial para ganhar o status de “parceiro global” da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A informação foi divulgada pelo ministro da Defesa, Luis Petri, na rede social X (ex-Twitter).
De acordo com o ministro, o país está trabalhando para restabelecer os laços que permitirão a modernização do exército argentino aos padrões da Otan.
“Me reuni com Mircea Geoana, secretário geral adjunto da Otan. Apresentei a carta de intenções que expressa o pedido da Argentina para se tornar um parceiro global desta organização. Continuaremos a trabalhar para recuperar ligações que nos permitam modernizar e treinar as nossas forças de acordo com os padrões da Otan”, declarou o ministro.
A Argentina estabeleceu uma diretriz de política externa direcionada à parceria plena com os Estados Unidos e os países ocidentais após a eleição do presidente Javier Milei.
A inclinação ao Ocidente foi acompanhada da recusa da Argentina de fazer parte do grupo Brics, após a oficialização do convite para a inclusão de seis novos membros, incluindo a Argentina, anunciada no ano passado.
Após ser eleito presidente da Argentina, Milei enviou uma carta aos chefes de Estado dos cinco países que integram o bloco, incluindo o Brasil, sobre a recusa.
No início de abril deste ano, o presidente argentino afirmou que a melhor forma de proteger a soberania da Argentina era fortalecer a aliança com os Estados Unidos.
O único país da América Latina que recebeu esse status de “parceiro global” da aliança militar ocidental é a Colômbia, que, em 31 de maio de 2018, assinou o Acordo de Parceria Global da Otan, em Bruxelas.
O então líder colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que o país não pretendia tornar-se membro da aliança e participar nas suas operações militares. Em maio de 2022, o presidente dos EUA, Joe Biden, concedeu oficialmente à Colômbia o status de importante aliado dos EUA fora da Otan.