Administração Biden teme subida dos preços do petróleo após imposição de teto de preço à Rússia

O governo dos EUA espera que no "pior cenário" a Rússia cortaria o fornecimento de petróleo e aumentaria seus preços mundiais caso seja tentado um teto de preço ao hidrocarboneto russo.

Os funcionários da administração americana de Joe Biden temem que os preços globais do petróleo bruto aumentem após a introdução do teto de preço ao petróleo russo, escreve na quinta-feira (13) a agência norte-americana Bloomberg, citando fontes familiarizadas com o assunto.

Os passos levam em consideração os cortes de produção anunciados pela OPEP+, que já aumentaram a volatilidade do mercado, de acordo com a Bloomberg. O objetivo declarado do plano é simultaneamente reduzir as receitas do governo russo e o preço do petróleo a nível mundial.

Uma das fontes considerou pouco provável a implementação de teto de preço ao petróleo da Rússia. Washington acredita que Moscou possa retaliar restringindo os fornecimentos, com os EUA e seus aliados provavelmente não conseguindo cortar com sucesso as receitas do petróleo russo, indicam as fontes. Outro obstáculo à implementação do plano seria obter a aprovação de todos os Estados-membros da União Europeia.

Os EUA, Canadá e o Reino Unido já deixaram ou anunciaram que abandonariam a importação do petróleo russo, enquanto a União Europeia proibirá o petróleo bruto a partir de 5 de dezembro, e produtos petrolíferos começando em 5 de fevereiro de 2023. No entanto, a Bulgária, Eslováquia, Hungria e a República Tcheca receberam isenções para o fluxo através do oleoduto Druzhba até 2024, sendo esperado que encontrem outras fontes até lá.

Moscou já referiu que não fornecerá petróleo às nações que aderirem à medida, e que o direcionará para outros destinos, com Vladimir Putin, presidente da Rússia, declarando que o país não forneceria seus recursos se seus interesses econômicos fossem contrariados.

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