Apesar de estar perto do deserto, um campo de algodão nos arredores da cidade de Shihezi, na região autônoma de Xinjiang Uigur, no noroeste da China, se tornou um campo de alta produtividade, cheio de vitalidade, graças a um avançado sistema agrícola inteligente.
O sistema, que integra irrigação de água e fertilizantes líquidos, é um dos principais fatores que fizeram de Xinjiang a principal base produtora de algodão da China e um líder no desenvolvimento agrícola moderno.
Esse sistema aumenta mais de 1.500 quilos por hectare na produção do campo de algodão, que abrange mais de 20 hectares.
“O sistema forma uma rede ao coletar dados, como umidade e teor de água, e as decisões agrícolas são todas baseadas nesses dados”, explicou Xie Xingguang, diretor do departamento de agricultura local, à agência de notícias Xinhua.
A função mais importante do sistema é realizar a irrigação por gotejamento inteligente para economizar água em Xinjiang e reduzir o volume de água de irrigação para 5.250 metros cúbicos por hectare. Na década de 1950, esse volume era de 10.500 metros cúbicos por hectare.
A rede de irrigação consegue alcançar as raízes de cada planta por meio de tubulações enterradas superficialmente e canalizar efetivamente água e fertilizantes para elas.
Os recursos hídricos são um dos fatores mais críticos que restringem o desenvolvimento agrícola em Xinjiang. Graças à transformação de “irrigar a terra” para “irrigar as plantações”, a eficiência da irrigação melhorou muito e as áreas de plantio de culturas cresceram.
Xinjiang é celeiro importante da China
No ano passado, a produção de algodão de Xinjiang atingiu 5,11 milhões de toneladas métricas, o que representou mais de 90% do total do país. Além disso, a produção de grãos na região ultrapassou 20 milhões de toneladas, um aumento de mais de 3 milhões de toneladas, respondendo por mais de 30% do total do país.
Enquanto isso, algumas empresas têm se concentrado em desenvolver máquinas agrícolas de alto nível, adequadas ao ambiente geográfico e às necessidades agrícolas de Xinjiang, o que também é um fator chave no desenvolvimento da agricultura moderna em uma região vasta e pouco povoada.
Com base nas características de produção do algodão e de outras culturas, Xinjiang precisa urgentemente desenvolver máquinas agrícolas que possam realizar semeadura e colheita de precisão.
Chen Xuegeng, acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia e líder de uma equipe de desenvolvimento de máquinas de cobertura sob a Universidade de Shihezi, desenvolveu uma série de máquinas em 2003 que integram cobertura e semeadura de algodão em Xinjiang. A eficiência de uma dessas máquinas equivale ao trabalho de 300 pessoas.
Os esforços contínuos de empresas locais, tratores multifuncionais, sistemas de irrigação modernizados e semeadoras não tripuladas equipadas com sistemas de navegação Beidou transformaram mais desertos em terras agrícolas em Xinjiang, ao mesmo tempo que libertam mais pessoas do trabalho agrícola pesado.
No ano passado, cerca de sete mil colheitadeiras de algodão foram usadas na colheita mecanizada em Xinjiang, e a taxa de mecanização aumentou para mais de 85%, em comparação com 35% em 2014.
Mais de uma dúzia de empresas relacionadas à agricultura foram fomentadas em Xinjiang que abrange fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas, pecuária, processamento profundo de produtos agrícolas e outros campos.
Fazendas modernas têm se multiplicado nos vastos desertos do noroeste da China em Xinjiang, tornando a região um modelo avançado de desenvolvimento agrícola moderno em larga escala, intensivo, mecanizado e inteligente.
Colheita de algodão
Confira o vídeo da Rádio China Internacional que registra a colheita de algodão em Xinjiang, que adota procedimentos extensivos para elevar o rendimento produtivo de grandes áreas de culturas importantes como grãos e algodão.
A eficiência da colheita mecanizada está cada vez mais aprimorada, com o uso abrangente de máquinas chinesas, que já empacotam a matéria-prima após a coleta.
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