Por que EUA rejeitam o plano de paz da China para Ucrânia? Especialista responde

Zhou Rong, pesquisador sênior do Instituto Chongyang de Pesquisa Financeira da Universidade do Povo da China, acredita que o plano para a solução pacífica do conflito na Ucrânia é de importância estratégica e totalmente implementável.

De acordo com o especialista, este plano leva em conta os interesses e aspirações da Rússia e da Ucrânia de forma neutra e imparcial. A postura justa da China foi entendida não apenas pela Rússia, mas também pela Ucrânia, que expressou sua prontidão em levá-la em conta.

Como resultado, o Ocidente e os Estados Unidos criticaram a China porque, indo em contradição às suas esperanças, Pequim não tomou uma posição de condenação da Rússia.

“A China colocou maior ênfase na assistência humanitária a ambos os lados do conflito, defendendo apagar incêndios em vez de acender incêndios”, observou Rong.

Óbvio que o Ocidente coletivo liderado pelos EUA não pode aceitar isso. As acusações levantadas pelos Estados Unidos contra a China são injustas e mal-intencionadas. Os EUA agora consideram a postura anti-China adequada. Mesmo que o posicionamento da China esteja em linha com a dos EUA, eles ainda encontrarão falhas, acredita ele.

O pesquisador lembra que, no ano passado, os EUA forneceram bilhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia. Mas, ao mesmo tempo, Washington continua a ignorar a atual crise alimentar na África, não entrega a ajuda necessária à Síria em conexão com o terremoto e congela ativos no Afeganistão.

“É evidente que, mais uma vez, o objetivo dos EUA é prolongar a guerra. Tudo o que querem é enfraquecer ou mesmo dividir a Rússia, bem como satisfazer os interesses do seu complexo industrial militar à custa dos povos da Rússia e da Ucrânia”, enfatizou o especialista.

Anteriormente, a China apresentou um documento com 12 pontos para o fim do conflito na Ucrânia. Para resolver a crise ucraniana é necessário abandonar a mentalidade da Guerra Fria e respeitar os legítimos interesses de segurança de todos os países. É o que diz um documento apresentado pelo Ministério das Relações Exteriores da China, que lista 12 pontos considerados por Pequim para a solução política do conflito.