“Quando o presidente tentou impor a sua visão sobre a pandemia, o Supremo discordou da visão e por duas vezes decidiu no seu plenário que a responsabilidade era de estados e municípios para conduzir a pandemia. As decisões e o julgamento foram exatamente para tirar a autoridade do presidente. Lamento profundamente o ativismo político do judiciário no Brasil”, disse Barros.
O deputado ainda afirmou que o Supremo está “seguidamente invadindo prerrogativas que são exclusivas do poder legislativo e do poder executivo” e criticou “a cobrança” feita pela Corte questionando porque a Câmara não abriu um processo de impeachment contra Bolsonaro. “O Supremo tem que ter a humildade de receber ações e descrever ‘arquive-se, não é da nossa competência’. Vamos parar com esse negócio de ativismo político. Se um juiz não gosta do prefeito ele fica contrariando as decisões do prefeito. Numa cidade, o juiz manda abrir, na outra, o juiz manda fechar”, disse.
Questionado sobre a falta de uma liderança nacional na condução das ações de combate à pandemia, Barros declarou que se “não há uma organização efetiva do combate a pandemia no Brasil é porque as decisões judiciais foram divergentes em várias questões”.
“Cada um tem que assumir sua culpa. Porque o presidente Bolsonaro tinha um decisão diferente do senso geral, ele foi combatido e o judiciário enquadrou o presidente Bolsonaro. Agora não cobre dele, depois de tê-lo enquadrado”, finalizou.