4º Fórum de Diálogo entre as Civilizações da China e da ALC inaugurado em Beijing

Foi inaugurado, na última sexta-feira (22), em Beijng, o 4º Fórum de Diálogo entre as Civilizações Chinesa e Latino-Americana e Caribenha(LAC), co-organizado pela Academia de Estudos Contemporâneos da China e do Mundo, Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Escritório de Negócios Estrangeiros da Província de Hubei, Editora Zhaohua, entre outros.

Foi inaugurado, na última sexta-feira (22), em Beijng, o 4º Fórum de Diálogo entre as Civilizações Chinesa e Latino-Americana e Caribenha(LAC), co-organizado pela Academia de Estudos Contemporâneos da China e do Mundo, Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Escritório de Negócios Estrangeiros da Província de Hubei, Editora Zhaohua, entre outros.

Quase 200 dignitários, diplomatas, especialistas e estudiosos, representantes da mídia e chefes de organizações internacionais de 11 países, incluindo China, Argentina, Brasil, México, Chile, Colômbia, Venezuela, Peru, Uruguai, Costa Rica e Equador, participaram do fórum, sob o tema “Desenvolvimento e Compartilhamento Mútuo: construindo uma nova parceria China-ALC”.

O fórum foi realizado com sucesso em três sessões e tornou-se uma das plataformas públicas mais influentes para o diálogo entre a China e a América Latina. A partir de 2021, o “Seminário Internacional de Diálogo entre Civilizações Chinesa e Latino-Americana e Caribenha” foi renomeado ” Fórum de Diálogo entre as Civilizações da China e da ALC”.

Ma Peihua, vice-presidente do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), salientou que o tema deste ano refletia o desejo da China e da América Latina de compartilhar conhecimentos e experiências de desenvolvimento e alcançar um desenvolvimento comum, assim como a nova visão de cooperação futura entre a China e a América Latina. Ele disse que o fórum ajudará a aprofundar o entendimento, a confiança e a prosperidade entre a China e a América Latina.

Du Zhanyuan, diretor da Administração de Publicação de Línguas Estrangeiras da China, salientou que o intercâmbio civilizacional é uma importante força motriz para o progresso humano e para a promoção da paz e do desenvolvimento mundial. No futuro, ambas as partes devem aprofundar o intercâmbio e a cooperação no campo da cultura, promovendo a mídia de ambos os lados para manter os princípios de objetividade, imparcialidade e veracidade nas reportagens, de modo a explorar continuamente boas histórias dos países e difundir energia positiva.

O embaixador da Colômbia na China, Luis Diego Monsalve, afirmou que, em um mundo cada vez mais globalizado e interconectado, o fortalecimento do diálogo e a melhoria da compreensão mútua, são particularmente importantes para enfrentar os desafios comuns. Ele ressaltou que no discurso de vídeo do presidente chinês Xi Jinping ao povo colombiano no início deste ano, foram demonstrados a amizade e o apoio da China à Colômbia. “As relações chinesa e latino-americana e caribenha têm um futuro auspicioso pela frente”, declarou.

O embaixador brasileiro na China, Paulo Estivallet de Mesquita, abordou os três pilares dos laços China-Brasil: comércio e investimento, diplomacia e saúde, e contatos interpessoais. Ele observou que a China, o Brasil e a América Latina estão distantes geograficamente, mas estão cada vez mais próximos culturalmente.

Sobre comércio e investimentos, Estivallet disse que a China tem o Brasil como o principal parceiro econômico na América Latina e com quem o comércio bilateral mais cresceu nos últimos anos. Segundo dados brasileiros, em 2020, o comércio bilateral superou a marca histórica de US$ 100 bilhões e que caminhamos em 2021 para ultrapassar esse valor.

À diplomacia e saúde, o Brasil e a China experimentaram nos últimos anos a intensificação dos contatos políticos e a gradual institucionalização da nossa parceria estratégica global. Nos últimos anos, as duas partes criaram a COSBAN, o principal mecanismo de interlocução intergovernamental, que tem os vice-presidentes dos dois países como co-presidentes. Desde sua criação em 2004, foram já realizados cinco encontros. O último ocorreu em 2019, durante a visita do vice-presidente do Brasil Hamilton Mourão a Beijing. Toda essa base política tem sido importante para avançar no processo de confiança mútua entre nossos governantes e povos. Exemplo importante dessa confiança é o crescimento da diplomacia de saúde entre o Brasil e a China.

A pandemia da Covid-19 trouxe desafios antes inimagináveis em termos sanitários e econômicos para os cidadãos e abriu uma nova vertente de cooperação entre governos. A China foi uma fonte importante no fornecimento de vacinas, insumos (ingrediente Farmacêutico Ativo – IFA) e equipamentos médicos especializados para o Brasil. As vacinas chinesas são ainda parte essencial do nosso programa nacional de vacinação e respondem por mais de 30% das doses aplicadas até agora.

Esperamos manter no futuro essa cooperação próxima em temas de saúde, com novos projetos entre nossos laboratórios e pesquisadores, disse.

O fórum foi encerrado em Beijing, no último sábado (23), os organizadores emitiram a “Declaração de Beijing sobre o Diálogo entre as Civilizações da China e da ALC”, defendendo a promoção do intercâmbio e da apreciação mútua das civilizações chinesa e latino-americana, construir uma plataforma para o intercâmbio de conhecimento e cooperação, e ajudar o desenvolvimento comum. 

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