Coreia do Norte reconhece independência de Donetsk e Lugansk; Kiev corta relações

Líder de Donetsk afirma que status internacional da independência 'continua se fortalecendo'; Rússia e Síria também já declararam reconhecimento

A Coreia do Norte reconheceu nesta quarta-feira (13/07) a independência das duas repúblicas separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia, Donetsk e Lugansk. As informações foram divulgadas pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

Em uma publicação no Telegram, o líder da autoproclamada República Popular de Donetsk (DPR), Denis Pushilin, afirmou que espera uma “cooperação frutífera” e o aumento do comércio com o regime de Kim Jong-un. Já o país norte-coreano fala em uma relação segundo “valores de soberania, paz e amizade”.

A decisão de Pyongyang, que segue os passos de Rússia e Síria, foi confirmada pela embaixada da Coreia do Norte em Moscou, segundo a agência Tass.

A Rússia foi a primeira a reconhecer Donetsk e Lugansk independentes, em fevereiro, pouco antes de iniciar a operação militar em território ucraniano. No mês passado, o reconhecimento veio da Síria.

Para Pushilin, “o status internacional da República Popular de Donetsk continua se fortalecendo”.

Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Coreia do Norte devido ao reconhecimento da “independência” dos territórios do Donbass, ocupados pelo Exército russo. 

A informação foi divulgada pela agência Unian, citando um comunicado da pasta, no qual o porta-voz Oleg Nikolenko diz que o departamento de política externa condena veementemente a decisão da Coreia do Norte.

O governo ucraniano ressalta que considera esta medida como uma tentativa de Pyongyang de minar a soberania e integridade territorial da Ucrânia, uma violação da Constituição da Ucrânia, da Carta da ONU e das normas e princípios fundamentais do direito internacional.

“O reconhecimento do regime norte-coreano das regiões de Donetsk e Lugansk é nulo, não terá consequências legais e não mudará as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”, conclui a nota. 

(*) Com Ansa SputnikNews. 

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