Shanghai procura assegurar produtividade em meio a surto epidêmico

Enquanto centro financeiro global e a maior cidade portuária comercial do mundo, com uma cadeia industrial completa de circuitos integrados e automóveis, conseguirá Shanghai estabilizar sua produtividade diante de um ressurgimento feroz da Covid-19?

A primeira coisa com a qual Shanghai, a cidade com a maior concentração de mercados de fatores financeiros do mundo, precisa lidar com a garantia do funcionamento das instituições e da segurança das transações.

Na sexta-feira passada, o índice Shanghai Composite Index fechou em 3.251,85 pontos, com uma alta de 1,23 por cento em relação aos oito dias de negociação anteriores, desde que a cidade impôs uma gestão temporária de encerramento no final de março.

A Bolsa de Valores de Shanghai iniciou um plano de funcionamento operacional mínimo, com a maioria dos funcionários trabalhando em casa desde meados de março. Em 27 de março, alguns técnicos foram chamados de volta ao escritório. Até o momento, 328 unidades estavam ainda estritamente fechadas no data center e no prédio de escritórios para garantir a segurança das operações de negociação e sistemas técnicos.

Enquanto isso, a Bolsa Internacional de Energia de Shanghai atendia investidores de mais de 20 países e regiões em seis continentes. Durante a semana de negociações de 4 a 8 de abril, a bolsa registrou cerca de 1,1 milhão de negócios com uma faturação de mais de 480,5 bilhões de yuans (cerca de 75,5 bilhões de dólares americanos). O aumento foi de cerca de 2% e 60%, respetivamente, em relação ao ano passado.

Na semana passada, 135.000 toneladas de cotas de emissão de carbono foram negociadas no mercado nacional de carbono, com uma faturação de 7,7 milhões de yuans – quase o mesmo de antes da epidemia.

“Enquanto trabalhamos ativamente na prevenção epidemiológica, organizamos funcionários no escritório para garantir o bom funcionamento dos principais negócios e do mercado nacional de comércio de carbono”, disse Lai Xiaoming, gerente geral da Bolsa de Meio Ambiente e Energia de Shanghai.

O National Silicon Industry Group, com sede na área de Lingang da cidade, é um importante fornecedor de pastilhas de silício de 300 mm na China. Sua fábrica de Lingang está sob gestão fechada desde 28 de março, com cerca de 400 trabalhadores vivendo em tendas para garantir o bom funcionamento das linhas de produção 24 horas por dia.

“Nossa remessa de wafers de silício de 300mm atingiu um recorde histórico em março, com remessas acumuladas superiores a 4,75 milhões de peças”, disse Li Wei, presidente da Zing Semiconductor Corporation.

A apenas 10 minutos de carro da fábrica, a base de Lingang da montadora SAIC Motor Company iniciou o gerenciamento de circuito fechado desde 11 de março. Cerca de 4.000 funcionários vivem na fábrica para garantir que a produção nunca para.

Embora a cidade tenha entrado temporariamente em “modo silencioso” por causa do gerenciamento fechado em toda a cidade, devido ao surto, a zona alfandegária especial integrada de Yangshan permaneceu aberta ao tráfego, como habitual.

O principal negócio da Shanghai Haibo Supply Chain Management Company passa por armazenar autopeças domésticas na zona alfandegária e depois declarar a exportação de acordo com a demanda de pedidos no exterior. Contêineres foram enviados para os Estados Unidos todos os dias.

A plataforma de big data da alfândega permitiu que as empresas declarassem mercadorias online, e as exportações puderam ser liberadas automaticamente, segundo um funcionário da Haibo de sobrenome Fang.

“Atualmente, a Haibo tem apenas oito funcionários na empresa, mas seus negócios não foram afetados. Desde março, a Haibo exportou 200 milhões de yuans de várias autopeças”, disse Fang.

Em março, 5.916 lotes de mercadorias, no valor de 5,43 bilhões de yuans, ou 66,1% a mais em relação ao ano anterior, foram exportados da zona alfandegária especial integrada de Yangshan, segundo as autoridades de Shanghai.

Apesar da interrupção do transporte terrestre devido a algumas medidas de controle epidêmico, Shanghai manteve operações ininterruptas, como um centro de transporte internacional e um centro de serviços aéreos, postais e ferroviários.

Segundo as estatísticas, a rede ferroviária do Delta do Rio Yangtze enviou 254 trens de carga China-Europa em março.

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