Embaixador da China diz que pedirá liberação do IFA para CoronaVac

Previsão de entrega nesta quinta-feira não será cumprida, diz Butantan

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Segundo o governador de São Paulo, João Doria, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, vai voltar a pedir ao governo chinês a liberação dos insumos necessários para a retomada da produção da vacina CoronaVac no Brasil.

Doria participou de uma reunião nessa quarta-feira (12) com o embaixador chinês e disse que o laboratório Sinovac, que desenvolveu a vacina na China, teria 10 mil litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) prontos para serem enviados.

O volume seria suficiente para a produção de 18 millhões de doses da CoronaVac pelo Instituto Butantan. Mas o IFA só pode ser enviado quando o governo chinês autorizar a remessa.

Já o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a previsão de que o IFA seria enviado nessa quinta-feira pelo laboratório Sinovac, não vai ser cumprida e, por enquanto, não foi definida uma nova data para a entrega do insumo.

O Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota afirmando que as autoridades chinesas têm dito que eventuais atrasos nas entregas não são intencionais e decorrem da alta demanda dos insumos chineses pelo mundo todo.

Atualmente, cerca de 70% das vacinas aplicadas contra covid-19 no Brasil são produzidas pelo Instituto Butantan com o IFA chinês. Já o IFA para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca pela Fiocruz é produzido pela China, mas também é fabricado pela Índia.

Nessa quarta-feira o Instituto Butantan entregou o último lote com 1 milhão de doses da CoronaVac, do total de 46 milhões comprados pelo Ministério da Saúde. Agora, precisa começar a produção de outros 54 milhões de doses para cumprir o segundo contrato assinado com a pasta. A promessa é entregar uma nova remessa de vacinas já na semana que vem.